O Corinthians tenta encontrar uma saída para reduzir a sua dívida, que atualmente soma cerca de R$ 2,7 bilhões, dos quais R$ 655 milhões correspondem ao financiamento da Neo Química Arena. Em meio à crise financeira, o Timão abriu conversas com a Caixa Econômica Federal para estruturar um acordo que possa encerrar o débito ligado ao estádio.
Entre as alternativas estudadas está a possibilidade de o banco assumir o patrocínio principal da camisa ou adquirir os naming rights da Arena, o que criaria uma solução conjunta para aliviar o caixa e reequilibrar as contas.
Nos últimos meses, o clube paulista e a Caixa realizaram duas reuniões para discutir alternativas relacionadas à dívida da Neo Química Arena. O Alvinegro busca negociar os direitos de nome do estádio por R$ 700 milhões, quantia próxima ao valor devido à estatal, com previsão de pagamento parcelado em dez anos, em parcelas anuais de R$ 70 milhões, segundo informações do UOL.
Nesse modelo, o espaço passaria a carregar o nome do banco, o que exigiria a rescisão do atual contrato com a Hypera Pharma, detentora da marca Neo Química Arena, e o pagamento de multa estimada em R$ 70 milhões.
Outra frente discutida nas conversas envolve a tentativa de reduzir os encargos do financiamento. O clube propôs substituir o cálculo atual, que aplica a Selic acrescida de 2% ao ano, o equivalente a cerca de 17%, por um modelo vinculado ao IPCA, cuja variação anual gira em torno de 9%. A mudança teria como objetivo diminuir o peso dos juros sobre o saldo devedor e criar condições mais sustentáveis de pagamento.
Além dessa alternativa, o Corinthians também sugeriu a adoção do INCC, índice que acompanha os custos da construção civil e não se enquadra como taxa de juros. A ideia é atrelar o débito à correção do setor responsável pela obra original do estádio, buscando uma equivalência mais próxima da realidade de mercado. Até o momento, a Caixa ainda não respondeu oficialmente às propostas apresentadas pelo time paulista.
Maracanã pode ter nome vendido e reforça avanço do mercado de naming rights no Brasil
Enquanto isso, outras arenas do país seguem movimentando o mercado de naming rights. A administração do Maracanã estuda fechar um contrato anual de R$ 55 milhões pela cessão do nome do estádio, valor que ainda pode ser revisto conforme o avanço das tratativas com o Governo do Estado.
Já em São Paulo, a Arena Barueri passou a se chamar Arena Crefisa Barueri desde agosto, após a assinatura do contrato de patrocínio com a instituição financeira. O acordo representa o 11º negócio desse tipo no futebol brasileiro e reforça um mercado que já ultrapassa R$ 2 bilhões em investimentos, consolidando o naming rights como uma das fontes relevantes de receita dos clubes no país.




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