A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) estão investigando o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por suspeita de manipulação em um jogo do Campeonato Brasileiro. O camisa 27 é alvo da operação por suspostamente ter tomado cartões para beneficiar apostadores em uma partida contra o Santos, no Mané Garrincha, em Brasília, no dia 1º de novembro de 2023, pelo Brasileirão Série A.
Na oportunidade, o atacante do Flamengo levou um cartão amarelo por uma falta em Soteldo e, em seguida, foi expulso por reclamar de forma acintosa com o árbitro Rafael Klein. O jogador recebeu o vermelho direto após ir para cima do árbitro. Todos esses eventos aconteceram após os 50 minutos do segundo tempo.
De acordo com informações do ge.globo, mais de 50 policiais federias estão cumprindo mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira, 5, pelas cidades de Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG). Não há nenhum mandado de prisão entre os 12 determinados até este momento.
O CT Ninho do Urubu, do Flamengo, e a Gávea, sede social do clube, estão entre os endereços que serão visitados pela PF. Os policiais já foram na casa de Bruno Henrique na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e apreenderam computador e celular. O jogador de 33 anos estava na residência no momento da visita.
A operação da Polícia Federal e do MP-RJ também investiga parentes de Bruno Henrique. Wander Nunes Pinto Junior, irmão do atacante, Ludymilla Araujo Lima, sua cunhada, e Poliana Ester Nunes Cardoso, sua prima, também estão sendo investigados.
A investigação ainda tem outros alvos: Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Douglas Ribeiro Pina Barcelos e Max Evangelista Amorim, que residem em Belo Horizonte, cidade natal de BH27. Conforme a fonte citada, todos são ex-jogadores ou atuam no futebol amador.
Vale informar que essa investigação começou a partir de um relatório da Internacional Betting Integrity Association (IBIA), que alicerçou a apuração que corre na Inglaterra no caso “Lucas Paquetá”. Conforme o relatório, três empresas notaram um volume acima do comum em cartões a serem tomados por Bruno Henrique no jogo em questão. As apostas teriam sido feitas por amigos e parentes do atacante.
Flamengo publica nota sobre o caso
Em comunicado oficial, o Flamengo informou que “ainda não teve acesso aos autos do inquérito”, que correm em segredo de Justiça, e anunciou que vai dar “total suporte ao atleta Bruno Henrique, que desfruta da nossa confiança e, como qualquer pessoa, goza de presunção de inocência”. O jogador continua trabalhando normalmente e vai para o próximo jogo do clube. Confira:
O Clube de Regatas do Flamengo tomou conhecimento, nesta data, da existência de uma investigação, ainda em curso, versando sobre eventual prática de manipulação de resultados e apostas esportivas.
O Clube ainda não teve acesso aos autos do inquérito, uma vez que o caso corre em segredo de justiça, mas é importante registrar que, ao mesmo tempo em que apoiará as autoridades, dará total suporte ao atleta Bruno Henrique, que desfruta da nossa confiança e, como qualquer pessoa, goza de presunção de inocência.
O Flamengo esclarece, por fim, que houve uma investigação no âmbito desportivo, perante o STJD, a qual já foi arquivada, mas não tem como afirmar que se trata do mesmo caso e aguardará o desenrolar da investigação.
O atleta segue exercendo suas atividades profissionais normalmente. Treina e viaja com a delegação nesta terça-feira, para Belo Horizonte. #CRF".
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