Para quem apostava em vitória fácil dos atuais bicampeões ingleses pela evidente diferença técnica entre os elencos, o roteiro da decisão da Champions League deste sábado (10), no Estádio Olímpico Atatürk, foi surpreendente. Mas só até a página dois.
Amplamente favorito nas casas de apostas e nos palpites dos torcedores, o Manchester City, de fato, levou a melhor após 90 minutos de bola rolando na grande final contra a Inter de Milão. Mas os comandados de Pep Guardiola precisaram "suar sangue" para sair de Istambul com o sonhado título de campeão europeu.
Muito organizada e consciente taticamente, a Inter impôs enormes dificuldades aos Citizens nos 45 minutos iniciais, marcando firme e tirando os espaços dos principais articulares do time inglês. A prova viva de que os Nerazzurri tiveram sucesso em seu plano de jogo foi o fato de terem limitado o City a apenas uma chance de gol nos 45' iniciais: finalização firme de Erling Haaland, defendida com os pés pelo goleiro André Onana.
Além de esbarrar na solidez defensiva da rival italiana, o City ainda se viu "machucado" pela perda de seu grande garçom: Kevin de Bruyne, com uma lesão muscular, precisou ser substituído ainda na metade da etapa inicial, dando lugar ao meia-atacante Phil Foden.
O segundo tempo iniciou no mesmo ritmo do primeiro, com a Inter marcando forte e o City tendo dificuldades para infiltrar a defesa nerazzurri. Sem seu principal articulador, o time inglês parecia não ter inspiração para quebrar as linhas rivais, até que um passe preciso do zagueiro Akanji encontrou Bernardo Silva entrando livre pela direita. O meia luso cruzou para o meio da grande área, e Rodri, entrando livre, finalizou com precisão sem chances para Onana.
Com o placar da decisão aberto na metade da etapa final, o jogo ficou "a feição" do Manchester, que passou a trocar passes e administrar a vantagem. Ainda assim, a equipe de Guardiola correu riscos, cedendo chances pelo alto para Dimarco e Lukaku, mas as duas cabeçadas não encontraram o gol: a primeira parou na trave, e a segunda em defesa espetacular de Ederson.
Istambul, portanto, foi o palco de uma tarde/noite histórica no futebol europeu: a coroação da temporada perfeita do Manchester City, vencedor de todos os títulos que disputou na temporada. A Europa é azul!
0 Comentários