Dívida do Athletico com a Arena pode saltar de R$ 131 milhões para mais de R$ 700 milhões

 
Curitiba - A dívida do Athletico com as obras da Arena da Baixada para a Copa do Mundo de 2014 pode custar mais de R$ 700 milhões aos cofres do clube. E isso é 3,6 vezes mais do que o Furacão havia declarado ter que pagar em 2023, quando chegou ao acordo tripartite com governo do estado e prefeitura de Curitiba.

Na última segunda-feira (23), na reunião do Conselho Deliberativo do Rubro-Negro, o presidente Mario Celso Petraglia apresentou os custos finais, que vão até junho de 2038, com parcelas anuais. Até aqui, o Athletico já pagou R$ 241 milhões, referentes a uma entrada de R$ 50 milhões, duas parcelas, uma de R$ 67 milhões e outra de R$ 60 milhões, além dos honorários advocatícios, na casa de R$ 23,4 milhões, e das desapropriações dos terrenos da prefeitura, que ficaram em R$ 38,6 milhões.

Nos próximos 13 anos, o clube ainda terá que arcar com R$ 364 milhões – já descontando os R$ 50 milhões que a prefeitura irá quitar no mês que vem. Porém, este valor pode quase dobrar neste período, uma vez que boa parte da quantia final depende do potencial construtivo.

Athletico não tem garantias que prefeitura pagará o potencial construtivo
Em uma planilha apresentada aos conselheiros, o Athletico explicou que o valor total das obras nas 15 parcelas, desde 2023, será de R$ 779 milhões. Desse montante, o Rubro-Negro irá arcar com quase R$ 436 milhões, enquanto o restante seria pago atrás do potencial construtivo.

Porém, nas contas do clube, para a parcela paga em junho de 2025, o repasse da prefeitura teria que ser de cerca de R$ 20 milhões, mas o valor real foi de R$ 6,98 milhões. Ou seja, a diferença precisou ser paga à Fomento pelo Furacão.

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